quarta-feira, 30 de maio de 2012

Professor de Harvard conheceu o HB na manhã de hoje

Dr. David e Dr. Carlos Miguel durante visita a instituição
O professor do Departamento de Hematologia Oncologia da Faculdade de Harvard, Dr. David Steensma, esteve na manhã de hoje, acompanhado do hematologista, Dr. Carlos Miguel, para conhecer as dependências do HB, Centro Integrado de Pesquisas e Hemocentro. David diz ter ficado feliz com o que viu na instituição. “É um lugar muito bonito, limpo e moderno, achei excelente”, disse ele. “Discutimos durante o encontro sobre as novas formas de uso dos agentes Hipometilantes, que é um novo tipo de droga, ainda utilizado só em convênio, mas disponível no Sistema Único de Saúde, através de mandado judicial”, comentou Dr. David.
 
Veja um pequeno trecho da entrevista com Dr. Steensma:
 
1-Entre os pacientes com Síndromes Mielodisplásicas, quais não são candidatos ao transplante de células tronco e a que ponto torna-se necessário considerar tratamentos alternativos? Dr. Steensma: Em pacientes com SMD, a decisão sobre quem se deve transplantar não é fácil, na medida em que o pensamento nesta área está evoluindo. Em geral, os pacientes com mais idade ou com co-morbidades graves não são considerados bons candidatos ao transplante. Mas a variação de idade para a elegibilidade continua expandindo; os especialistas estão, agora, tratando pacientes cada vez mais velhos com transplante, utilizando abordagens menos intensas. Se o médico atende um paciente que poderia ser, concebivelmente, um candidato para transplantar, é aconselhável que ele o encaminhe para que um especialista em transplantes tome a decisão. Às vezes, fico surpreso por quem tais especialistas irão ou não tratar. Ora alguém que eu considerava um candidato justo ao transplante é rejeitado, ora outro que eu pensei que não seria, é aceito. Ainda são, primeiramente, a idade avançada e a presença de outras condições médicas os fatores que excluem pacientes do transplante.
 
2-Assumindo que um paciente com SMD não seja considerado candidato para o transplante de células-tronco, toma-se qual decisão, neste ponto, sobre o tipo de tratamento que se deve iniciar? Dr. Steensma: A decisão terapêutica mais importante, neste momento, é se o paciente é candidato a qualquer coisa além do tratamento de suporte. Se ele é muito idoso, frágil ou doente, os cuidados de suporte apenas podem ser a única opção razoável. As drogas mais recentes podem ter efeitos colaterais graves, então naqueles que têm muitos outros problemas de saúde, especialmente, qualquer tratamento além das transfusões ocasionais e da eritropoietina pode ser difícil. A primeira decisão a ser feita é quanto à instituição de um ensaio sobre qualquer tratamento medicamentoso. A próxima decisão envolve a escolha da droga, que é complexa por depender de características individuais do paciente e da doença.